É muito comum, hoje, encontrarmos pessoas e famílias que preferem viver fechadas em si mesmas.
Já me fizeram tantas, por aí, que você nem imagina!
É que dizem quando se fala de abertura, de aceitação do outro... Preferem relacionar-se o necessário apenas no trabalho e o resto do tempo viver somente para si.
E são pessoas honestas, famílias unidas.
O que acontece é a descrença do mundo e das pessoas.
Começam a ver tudo e todos com pessimismo.
Como conseqüência, vem o egoísmo, o medo de se arriscar. Prefere a acomodação, a instalação no seu “eu”, na sua família... Mesmo se tem fé, o seu Deus é um Deus particular... Basta-se a si mesmos.
Já imaginaram o Cristo bem instalado à direita do Pai, olhando o mundo a se contorcer nas garras do desamor, do egoísmo?
Não... Cristo se encarnou, colocando-se no meio de toda a desavença humana, para poder arrastar os seres humanos para o amor e para o perdão.
E para isto até morreu na cruz.
E mais; Cristo não ficou isolado no mundo. Congregou os apóstolos e viveu com eles, aceitou-os, apesar de que as vezes lhe aprontavam também das suas. Aceitou um Pedro que o negou; um Judas que o traiu.
E apesar de toda injustiça humana, dos apóstolos, e precisamente por isso, enviou-lhes o Espírito Santo. E com a força desse Espírito, os cristãos devem continuar no mundo a missão de Cristo.
O cristão não deve ter medo de se expor ao mundo. Deve “brigar” caridosamente com o irmão para construí-lho. Deve aceitar que o outro também lhe mostre quando erra. Deve sujeitar-se a ingratidões para não se omitir da construção do mundo.
E lembre-se: Se os outros lhe fazem das suas; será que ele (a) também não faz o mesmo, pelo menos involuntariamente?
O maior perigo ao entravamento do crescimento, tanto humano quanto espiritual, é o julgar-se perfeito...
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