sexta-feira, 17 de setembro de 2010

RETRATO DE MÃE.

Uma mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus, e muito de anjo pela incansável solicitude dos cuidados seus;
Uma mulher que, ainda jovem, tem a tranqüila sabedoria de uma anciã e, na velhice, o admirável vigor da juventude; se de pouca instrução, desvenda com intuição inexplicável os segredos da vida, e, se muito instruída age com a simplicidade de menina; uma mulher que sendo pobre, tem como recompensa a felicidade dos que ama, e quando rica, todos os seus tesouros daria para não sofrer no coração a dor da ingratidão; uma mulher que, sendo forte, estremece com o gemido de uma criança e, sendo frágil, consegue reagir com a bravura de um leão; uma mulher que, enquanto viva, não lhe damos o devido valor, porque ao seu lado todas as dores são esquecidas; entretanto quando morta, daríamos tudo o que somos e tudo o que temos para vê-la de novo ao menos por um momento, receber dela um só abraço, e ouvir de seus lábios uma só palavra. Dessa mulher não me exijas o nome, se não quiseres que turve de lágrimas esta lembrança, porque... Já a vi passar em meu caminho.
Quando teus filhos já estiverem crescidos, lê para eles estas palavras, E, enquanto eles cobrem a tua face de beijos, conta-lhes que um humilde peregrino, em paga da hospedagem recebida, deixou aqui para todos o esboço do retrato de sua própria mãe.
(Tradução do original de D. Ramón Angel Jara, bispo e orador chileno).
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Deus por nós!
Abraços.

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