Que culpa tem o Arbusto Solitário,
De ter nascido para ser sozinho?
Se sua semente brotou num deserto,
Longe dos regatos e do frescor dos rios?
Que culpa tem o Arbusto Solitário,
Se sua semente mesmo em solo árido,
Brotou clamando seu direito à vida
E não recebeu desta seus favores?
Rompendo pedras e espinhos,
Surgiu o broto seco e franzino...
Como milhares de infelizes seres
Que lutam para sobreviver.
Em meio aos amargores...
Se és Árvore Verde, junto aos frescores,
Se a vida te foi fácil
E não te trouxe dores,
Lembra-te do Arbusto Solitário,
Corre em seu socorro...
Molha com amor suas raízes
E ele enverdecerá,
Brotando frutos e flores.
É isto que Deus quer de nós;
Que, mesmo sendo Arbusto Solitário,
Continuemos a Nele confiar,
Erguendo aos Céus nossas súplicas
E estendendo as mãos aos sofredores.
(Cânida Augusta Gomes de Albuquerque).
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DEUS POR NÓS!
Abraços.
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